domingo, 8 de maio de 2011

Relevo do Rio Grande do Sul ( assunto que será trabalhado na semana de 09/05 à 13/05) Escola Padre Balduíno Rambo

RELEVO DO RIO GRANDE DO SUL


O relevo gaúcho é bastante variado, com um planalto ao norte, depressões no centro e planícies costeiras. Ao norte, ultrapassando os 1000 metros e podendo chegar a menos de 100 metros no Vale do Taquari.

O ponto culminante do estado é o Pico do Monte Negro, em São José dos Ausentes, nos Campos de Cima da Serra, com 1410 metros, à beira da Serra Geral.

O Rio Grande do Sul tem quatro unidades morfológicas: Planalto Norte-Riograndense (ou Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná ou Planalto meridional), Depressão Central, Escudo Sul-riograndense (Serras de Sudeste) e Planície Costeira.

Planalto sul-rio-grandense (ou planalto Meridional)


Cânion de Itaimbezinho.

Formado por rochas basálticas da era mesozoica, essa área fica a nordeste do estado, onde se encontram as partes mais altas do estado, podendo chegar aos 1000 metros. O ponto mais alto é o Pico do Monte Negro, no município de São José dos Ausentes, com 1410 metros. O relevo rio-grandense é caracterizado por coxilhas suaves e vales rasos. Sem transição, as ondulações suaves dão lugar à paredões verticais e rochas basálticas.

Com uma altitude média de 950 metros, nos dias claros pode-se divisar o Oceano Atlântico desde as bordas dos cânions, bem como diversas cidades próximas da costa, como Praia Grande (SC) ou Torres (RS). Formado a partir de intensas atividades vulcânicas havidas há milhões de anos, sucessivos derrames de lava vieram originar o Planalto Sul brasileiro, coberto por campos limpos, matas de araucárias e inúmeras nascentes de rios cristalinos. Ao leste, este imenso platô é subitamente interrompido por abismos verticais que levam à região litorânea, daí originando-se o nome de Aparados da Serra. Em alguns pontos, decorrentes de desmoronamentos, falhas naturais da rocha e processos de erosão, encontram-se grandiosos cânions, tais como o Itaimbezinho.

O Itaimbezinho é um cânion (ou desfiladeiro) situado no Parque Nacional de Aparados da Serra, a cerca de 170 quilômetros ao nordeste de Porto Alegre, próximo à fronteira do estado de Santa Catarina. O cânion tem uma extensão de 5,8 quilômetros, com uma largura máxima de dois quilômetros e uma altura máxima de cerca de 700 metros, sendo percorrido pelo arroio Perdizes. Dentre estes, existem outros como Churriado, o Malacara e o Fortaleza.


Depressão Central

Ao centro do estado fica a Depressão Central, que são terrenos de baixa altitude ligados de leste a oeste, beirados por terras baixas, não passando de 400 metros de altitude, onde se encontram importantes cidades como Porto Alegre, Santa Maria e São Gabriel.

Escudo Sul-Riograndense

Coxilhas das Serras de Sudeste, no município de Morro Redondo.

Logo ao sul localiza-se o Escudo Sul-Riograndense, também conhecido como Serras de Sudeste, que é formado de rochas do período Pré-Cambriano e, por isso, desgastado pela erosão. O ponto mais alto não ultrapassa os 600 metros de altitude. Abrange cidades como Camaquã e Canguçu.

Planície Costeira



Abrange toda a faixa litorânea do Rio Grande do sul e algumas áreas da Grande Porto Alegre, onde os terrenos estão em baixa altitude. Corresponde a uma faixa arenosa com mais de 622 quilômetros de extensão, com grande ocorrência de lagunas e lagos. As lagunas são lagos de águas salgadas, portanto ligadas ao mar. As mais famosas são: Laguna dos Patos, Lagoa Mirim e Lagoa da Mangueira. No município de Torres, se localiza a única ilha oceânica do estado, a Ilha dos Lobos. Abrange o porto mais importante do estado, o de Rio Grande, e cidades como Torres e Capão da Canoa.

Clima

O clima do Rio Grande do Sul é subtropical úmido (ou temperado), constituído por quatro estações razoavelmente bem definidas, com invernos moderadamente frios e verões quentes (amenos nas partes mais elevadas), separados por estações intermediárias com aproximadamente três meses de duração, e chuvas bem distribuídas ao longo do ano.

Devido às diferenças altimétricas, o clima do estado divide-se ainda, segundo a classificação climática de Köppen, nos tipos Cfa e Cfb. O clima subtropical úmido com verões amenos (Cfb) ocorre na Serra do Sudeste e na Serra do Nordeste, onde as temperaturas médias dos meses de verão ficam abaixo dos 22°C, e o tipo Cfa nas demais regiões, onde a temperatura média do mais quente ultrapassa os 22°C.

Devido à sua situação latitudinal (inserida no contexto das latitudes médias), o Rio Grande do Sul apresenta características peculiares diferentes do clima do resto do Brasil. As temperaturas do estado, em diversas regiões, estão entre as mais baixas do inverno brasileiro, chegando a -6°C em cidades como Bom Jesus, São José dos Ausentes e Vacaria, com geadas freqüentes e ocasional precipitação de neve.

A temperatura mínima registrada no estado foi de -9,8°C no município de Bom Jesus, em 1º de agosto de 1955,[1] enquanto a temperatura máxima registrada foi de 42,6°C em Jaguarão, no sul do estado, em 1943.[2] Municípios como Uruguaiana, Lajeado e Campo Bom destacam-se em recordes de temperaturas altas no verão, registrando valores que, por vezes, chegam aos 40°C. O estado está ainda sujeito, no outono e no inverno, ao fenômeno do veranico, que consiste de uma sucessão de dias com temperaturas anormalmente elevadas para a estação.

No estado, a neve ocorre com maior freqüência nas regiões serranas do nordeste, entre as altitudes de 900 a 1.400 m, denominadas de Campos de Cima da Serra, onde estão as cidades mais frias do país, como São José dos Ausentes, Bom Jesus e Cambará do Sul (acima de 1.000 m de altitude), e Vacaria, São Francisco de Paula, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões, Esmeralda e Jaquirana (acima de 900 m), locais em que o fenômeno ocorre praticamente em todos os anos (geralmente com fraca intensidade e em poucos dias no inverno), além de outras cidades acima dos 600 metros de elevação, de forma mais esporádica. No resto do estado, a neve é muito rara ou nunca registrada. Porém, fortes geadas podem atingir toda a área estadual.

Furacão Catarina


O Furacão visto de satélite

O furacão Catarina, que se formou em 24 de março de 2004 e se dissipou em 28 de março de 2004, foi o primeiro furacão registrado no Atlântico Sul. O furacão atingiu a categoria 2 na Escala Saffir-Simpson, com ventos de até 160 km/h e que devastaram o extremo nordeste gaúcho e a costa leste de Santa Catarina, causando cerca de 250 milhões de reais de danos.

Tornados

O Rio Grande do Sul é um dos estados do Brasil mais atingidos por esse tipo de fenômeno. O maior tornado já registrado no estado foi o de Muitos Capões, atingindo o fator F2 na Escala Fujita. Todos os tornados já registrados no estado foram:

• 13 de Fevereiro de 1999, em Osório, o primeiro já registrado

• 11 de Outubro de 2000, na Grande Porto Alegre

• 8 de Julho de 2003, em São Francisco de Paula

• 11 de Dezembro de 2003, em Antônio Prado

• 30 de Agosto de 2005, em Muitos Capões, (tornado F2, acompanhado de chuva e granizo).

Hidrografia

A hidrografia do Rio Grande do Sul pode ser classificada em três regiões:

• Região hidrográfica da Bacia do Rio Uruguai, cujas águas drenam para o rio Uruguai;

• Região hidrográfica da Bacia do Guaíba, cujas águas drenam para o lago Guaíba;

• Região hidrográfica das Bacia do Litoral, cujas águas drenam ou para a lagoa dos Patos e Mirim, ou direto para o oceano Atlântico.

O uso do solo na primeira região está diretamente vinculado às atividades agropecuárias e também agroindustriais.

Os principais rios do estado são:

• Uruguai

• Ijuí

• Jacuí

• Guaíba

• Caí

• Taquari

• Ibicuí

• Pelotas

• Camaquã

• Sinos

• Vacacaí



Vegetação



Araucárias, típica dos gelados Planaltos-Rio Grandenses.


Folhas de erva-mate.

O Rio Grande do Sul apresenta quatro tipos de vegetação espalhadas pelo seu território:

• Mata de Araucárias (ou Pinhais)

A floresta subtropical é uma floresta mista, composta por formações de latifoliadas e de coníferas. Estas últimas são representadas pelo pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), que não aparece em agrupamentos puros. A floresta mista ou Mata de Araucárias recobria as porções mais elevadas do estado, isto é, a maior parte do planalto nordeste e partes do centro. Essa formação ocupa grande parte do planalto gaúcho e ainda parte dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Paraná. Atualmente, é a única das florestas que sofre maior exploração econômica em todo o Brasil, por ser a única que apresenta grande número de indivíduos da mesma espécie (pinheiros) em agrupamentos suficientemente densos (embora não puros) para permitir ainda mais o extrativismo vegetal.

• Campanha (ou Pampas)

Predomina no sul e oeste gaúcho. Existência das pradarias propícias à criação de gado. Em uma área na altura do município de Alegrete existem areais, comumente confundidos com desertos. A área "desertificada" não tem características diretamente ligadas a um deserto, como as geadas por exemplo, que cobrem de branco essa mancha na Campanha Gaúcha todos invernos. A ocorrência dos areais é natural, porém tem se agravado devido à ação antrópica.

• Vegetação litorânea

Vegetação úmida ao longo do litoral gaúcho, com grandes extensões de areia.

• Mata Atlântica

Abrange as demais regiões gaúchas e é uma formação vegetal brasileira. Acompanhava o litoral do país, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte (regiões meridional e nordeste). Nas regiões Sul e Sudeste chegava até Argentina e Paraguai.

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